— e eu me ofertarei a ti.
28.4.17
mil cantos IV
vem, meu amor, partamos para os campos. acolher-nos-ão nas aldeias. alvoreceremos nos vinhedos. veremos se florescem os pâmpanos, se as romãzeiras estão em flor. rosas colheremos, brancas e rubras também.
27.4.17
mil cantos III
as mandrágoras libertam o seu perfume, e os melhores frutos nascem da árvore de nós. para ti, minha amada, eu guardarei os frutos, os verdes frutos e os frutos já maduros:
— para ti os guardarei, ó amada minha.
26.4.17
mil cantos II
e perguntaram: — mestre, como se cura a doença de amor?
— saciai-lhe a fome com bolos de passas, a sede com laranjas ainda de orvalho perladas. e levai-o, levai-o com presteza, à presença da amada, para que também a alma se replene.
— saciai-lhe a fome com bolos de passas, a sede com laranjas ainda de orvalho perladas. e levai-o, levai-o com presteza, à presença da amada, para que também a alma se replene.
25.4.17
mil cantos I
como a laranjeira entre as árvores de um pomar
assim é a minha amada entre as mulheres
assim é a minha amada entre as mulheres
— sento-me ao abrigo da sua sombra
e nos seus beijos repouso a sede minha
20.4.17
novas de achamento
todas as viagens, percebeu, eram de descoberta. o mundo era um mar que se renovava a cada dia. dessas viagens escreveria novas de achamento. afinal, era a ela que dedicava cada padrão de descobrimento.
19.4.17
da impossibilidade do conhecimento
dela, sabia duas coisas: que moldava o tempo e alterava as estações. fazia-o sem gestos nem palavras: apenas com a presença. e ele nunca entendeu como.
18.4.17
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